2 Posts logo assim seguidinhos...
Ora que bela maneira de se começar a semana senão de cama doente.
Felizmente a doença não é assim tão má que me impeça de carregar nas teclas do portátil para surpreender com dois posts em dois dias consecutivos, (é sempre engraçado falar como se realmente houvesse muita gente a vir aqui ler as minhas divagações. O pobres coitados que escorregam pelas curvas da net até aqui caírem até se devem rir) surpresa para mim, para mais ninguém, que nem ninguem aqui chega para se surpreender. Mas já que tenho um tempinho para dar ao dedo, acho que vou falar um pouco acerca do tema nacional desta segunda-feira: O terramoto...
Foi o terramoto o mais importante que há para discutir hoje, não foi...
Parece que havia outra coisa... mas o que raio era assim de tão importante...
É que eu tive a dar uma vistas de olhos pelo telejornal da TVI e só me lembro de falarem do terramoto...
AHHH era o referendo.... aquele do aborto.
Ora então vamos lá falar do referendo. Particularmente da sua relevância na vida dos cidadãos deste país neste domingo. É que teve cerca de 44% do share deste domingo, sendo os outros 56 % (mais coisa menos coisa) ocupados por:
-Estar todo o dia em casa sentado no sofá a mudar de canais e sem tempo disponível suficiente para VOTAR
-Os afortunados que conseguem algum tempo livre ainda têm que cumprir com as suas obrigações domingueiras. Estarem num shopping, em actividades tão stressantes como estacionar a viatura, conseguir um sítio para se alimentarem (ficava aqui melhor empanturrarem), ver as montras (ah pois já vamos a dia 12), gritar com os filhos que não param quietos, hiperactivos com tanta confusão, barulho e luzes a piscar. Pedir a estas pessoas ainda terem tempo para VOTAR é se calhar demais. Alguns ainda tentam quando já vão a caminho de casa, mas a culpa é do raio da fila para sair do shopping que os atrasou e os impediu de serem cidadãos cumpridores. Quer dizer, bem vista a culpa é do governo que não é capaz de resolver os problemas do trânsito... e ainda querem que um gajo vote...
-Há os anarquistas.
-E há quem se abstenha de convicção (gostava de encontrar alguém assim e chamar-lhe no meio da rua a plenos pulmões de abstencionista a ver se ele gostava).
Mas... 44% ainda assim não foi mau.
Permitiram que quem na sua vida alguma vez chegue a um ponto em que um aborto se afigure como opção, tenha a possibilidade de ser escutado por dentro do sistema, e de ser ajudado na sua decisão, que por muito mau que seja o SNS há de ser muito melhor que muito vão de escada que para aí anda.
Felizmente a doença não é assim tão má que me impeça de carregar nas teclas do portátil para surpreender com dois posts em dois dias consecutivos, (é sempre engraçado falar como se realmente houvesse muita gente a vir aqui ler as minhas divagações. O pobres coitados que escorregam pelas curvas da net até aqui caírem até se devem rir) surpresa para mim, para mais ninguém, que nem ninguem aqui chega para se surpreender. Mas já que tenho um tempinho para dar ao dedo, acho que vou falar um pouco acerca do tema nacional desta segunda-feira: O terramoto...
Foi o terramoto o mais importante que há para discutir hoje, não foi...
Parece que havia outra coisa... mas o que raio era assim de tão importante...
É que eu tive a dar uma vistas de olhos pelo telejornal da TVI e só me lembro de falarem do terramoto...
AHHH era o referendo.... aquele do aborto.
Ora então vamos lá falar do referendo. Particularmente da sua relevância na vida dos cidadãos deste país neste domingo. É que teve cerca de 44% do share deste domingo, sendo os outros 56 % (mais coisa menos coisa) ocupados por:
-Estar todo o dia em casa sentado no sofá a mudar de canais e sem tempo disponível suficiente para VOTAR
-Os afortunados que conseguem algum tempo livre ainda têm que cumprir com as suas obrigações domingueiras. Estarem num shopping, em actividades tão stressantes como estacionar a viatura, conseguir um sítio para se alimentarem (ficava aqui melhor empanturrarem), ver as montras (ah pois já vamos a dia 12), gritar com os filhos que não param quietos, hiperactivos com tanta confusão, barulho e luzes a piscar. Pedir a estas pessoas ainda terem tempo para VOTAR é se calhar demais. Alguns ainda tentam quando já vão a caminho de casa, mas a culpa é do raio da fila para sair do shopping que os atrasou e os impediu de serem cidadãos cumpridores. Quer dizer, bem vista a culpa é do governo que não é capaz de resolver os problemas do trânsito... e ainda querem que um gajo vote...
-Há os anarquistas.
-E há quem se abstenha de convicção (gostava de encontrar alguém assim e chamar-lhe no meio da rua a plenos pulmões de abstencionista a ver se ele gostava).
Mas... 44% ainda assim não foi mau.
Permitiram que quem na sua vida alguma vez chegue a um ponto em que um aborto se afigure como opção, tenha a possibilidade de ser escutado por dentro do sistema, e de ser ajudado na sua decisão, que por muito mau que seja o SNS há de ser muito melhor que muito vão de escada que para aí anda.
1 Comments:
È sempre assim, poucos a decidir por muitos, os muitos são depois aqueles que vão para o café acusar tudo e todos pelas más glórias deste país.
E claro, ainda bem que o SIM ganhou.
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